“O monstro tem sido através dos tempos uma figura frequente nas histórias das mais variadas culturas. Talvez não exista e nunca tenha existido uma cultura, uma sociedade sem sua história de monstro. Algumas se tornaram muito conhecidas no mundo ocidental, como a antiga lenda do Golem, ou A Tempestade, de Shakespeare, com seu Caliban. Mais recentes são as narrativas do Conde Drácula, do monstro de Frankenstein, do Dr. Jeckyl e Mr. Hyde. Já no século XX outros monstros aparecem, como os serial killers hollywoodianos, o Lobisomem, o Zumbi e até, acreditem, o gangster. Uma das características dos monstros é sua capacidade para apagar as linhas que separam o bem do mal, o certo do errado, o natural do antinatural. Ou, em outras palavras, os monstros e suas histórias servem para colocar em dúvida tudo o que parece certo, bom e natural; enfim, para questionar as convenções que nos guiam em nossas vidas. Esta página pretende ser como os monstros: falar de cinema, literatura, cultura, sociedade com uma atitude questionadora sobre a identidade. Afinal, o que é o ser humano?”